quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Furto de energia em MT

Notícias

Cerca de 7% da energia de Mato Grosso é furtada ou fraudada

Existem dois tipos de perda de energia, a técnica e a comercial. Em Mato Grosso, 17,5% da energia consumida são referentes às perdas, sendo 10,5% por problemas na transmissão e distribuição e 7% comerciais, decorrentes de fraudes e roubos. Os prejuízos relacionados à parte técnica são considerados normais, já que o Estado tem longas distâncias. Quanto aos comerciais, o índice é considerado mediano frente às regiões que possuem 1% e em outras que chegam a 15%. A Centrais Elétricas Matogrossense (Cemat) realiza trabalhos para combater o furto de energia com fiscalização e renovação de equipamentos, como fiação mais resistente ao roubo.
De acordo com o gerente de Recuperação de Energia, Wagner Gentil, 60 equipes são mantidas para fiscalizar e em 2010 foram 260 inspeções que resultaram na identificação de 25 mil irregularidades, das quais 60%, cerca 15 mil, eram relativas a "gatos", gambiarras feitas para captar energia diretamente da fiação pública. Os demais, segundo Gentil, se tratam de adulterações de equipamentos. "Praticamente 100% dos gatos identificados são em regiões periféricas e de baixa renda", diz ao complementar que isso não isenta que a adulteração nos medidores ocorra em áreas nobres e muitas das vezes em estabelecimentos comerciais.
O economista e especialista em energia, Manuel Marta, diz que existem dois aspectos na questão das perdas comerciais. Primeiramente é uma questão social, porque se trata de um serviço essencial. A energia elétrica deixou de luxo, mas continua sendo serviço caro. Quanto às questões econômicas, o especialista diz que as perdas em Mato Grosso são baixas. "A população mais carente furta energia por precisar dela e considerar cara para a renda que possui. O preço é elevado em decorrência da tributação, o governo garante arrecadação com serviços essenciais para possibilitar a concessão de incentivos fiscais".

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